12/01/2025

Florir – é um Fim – casualmente





Florir – é um Fim – casualmente
Vendo uma Flor no campo
Talvez sequer alguém perceba
A sutil Circunstância

Que há na Lúcida Tarefa
A tal custo cumprida
Para se abrir qual Borboleta
Ao Sol do meio-dia –

Encher Botão – evitar Bicho –
O Orvalho obter bem cedo –
Expor-se à Luz – fugir ao Vento –
Precaver-se da Abelha

E não frustrar a Natureza
Que nesse Dia a aguarda –
Ser uma Flor é uma profunda
Responsabilidade –


Emily Dickinson
Alguns poemas - Tradução de José Lira





4 comentários:

  1. Trata-se da perpetuação da espécie...
    É um poema muito interessante!
    Um abraço.
    ======

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  2. Boa tardinha de domingo, querida amiga Maria!
    Muito lindo do início ao fim.
    Mesmo circunstancial, são muito úteis e nos encantam demasiadamente.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos fraternos

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  3. Si es interesante poeta , la descubrí hace años atrás...bello poema.

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  4. Uma bela loa, ao inicio e ao inevitável fim do florir, encantar e desencantar.
    Bela partilha Maria.
    Bjs de paz amiga.

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